Crise automóvel: os empregos estão instáveis, mas também há boas notícias
Quase 2.000 empregos na Magna estão em risco e o fornecedor Continental teve de registar uma perda de milhares de milhões. UMA ECONOMIA FRAQUECIDA e a crise global na indústria automóvel são impressionantes.

Crise automóvel: os empregos estão instáveis, mas também há boas notícias
O ano de 2019 continua extremamente difícil para a indústria automotiva. Vários fabricantes estão a debater-se com o declínio das vendas globais, principalmente devido ao fraco mercado chinês. As economias são feitas principalmente nos fornecedores. Isso agora também pode afetar a Magna e especialmente a localização em Graz. Os empregos instáveis foram atribuídos ao suposto fim da produção do sedã Série 5 da BMW. Cerca de 10 mil funcionários produzem atualmente seis modelos de automóveis na Magna: além do BMW Série 5, os modelos SUV E-Pace e o elétrico I-Pace para a Jaguar, o veículo off-road G para a Mercedes, o Z4 para a BMW e o Supra para a Toyota.
“Os fabricantes automotivos estão economizando especialmente com os fornecedores.”WOLFGANG BAUER, EDITOR-CHEFE
PROFUNDIDADE CONTINENTAL
Além disso, o maior fornecedor mundial, Continental, anunciou números vermelhos profundos para o terceiro trimestre. O grupo alemão registou um prejuízo de quase dois mil milhões de euros. O chefe da Conti, Elmar Degenhart, “não espera que a produção global aumente significativamente” nos próximos cinco anos. Até 2023, o realinhamento da empresa poderá custar 15 mil empregos, 5 mil dos quais seriam perdidos só na Alemanha.
ALTA DE OUTUBRO
Há notícias mais encorajadoras do Statistics Austria. Depois de um ano até então morno, o número de novos registros aumentou. Em outubro de 2019, foram registrados 25.138 carros recém-emplacados. Isso é 11,7% a mais que em outubro do ano anterior. No entanto, nos primeiros dez meses do ano registou-se uma diminuição de cinco por cento face ao mesmo período do ano passado. De janeiro a outubro, foram registrados 283.410 carros. Os automóveis movidos a gasolina (quota: 54,3%) caíram 4,6%, os automóveis a gasóleo (quota: 38,2%) caíram mesmo 11,9%. Entre as novas matrículas de veículos com tração alternativa, registaram-se aumentos nos automóveis elétricos (+48,5%), bem como nos híbridos a gasolina (+29,4%) e nos híbridos a diesel (+416,3%).
ENTRADA DA CHINA, REVOLTA DO JAGUAR
Em nossa edição atual, gostaria de recomendar especialmente dois artigos para vocês. Na história “China está batendo” falamos sobre o fabricante chinês JAC, que usa a Áustria como porta de entrada para o mercado europeu. No lançamento será oferecido um SUV compacto elétrico, que será vendido nos armazéns da Raiffeisen e em revendedores parceiros selecionados (página 14). Além disso, uma entrevista com Thomas Hörmann, Diretor Geral da Jaguar Land Rover, que espera uma recuperação em 2020 num “ano difícil” graças ao novíssimo Defender.